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18 de dezembro de 2015

Prefeitura firma contrato para revitalização da usina

Foto: Luciano Lanes / PMPA
Obras iniciarão no segundo semestre de 2016, com custo de U$ 3 milhões
Obras iniciarão no segundo semestre de 2016, com custo de U$ 3 milhões
Foto: Luciano Lanes / PMPA
Revitalização abrange todos os espaços, infiltrações, iluminação e elétrica
Revitalização abrange todos os espaços, infiltrações, iluminação e elétrica
A obra mais esperada na cidade na área da Cultura - a revitalização da Usina do Gasômetro - teve a ordem de serviço assinada na manhã desta sexta-feira, 18. O prefeito José Fortunati e o secretário da Cultura, Roque Jacoby, firmaram o contrato com a empresa responsável pela formulação do projeto executivo. Esta fase inicial de levantamento deverá durar cerca de seis meses. (fotos)

Em cerimônia realizada no átrio da usina, com a presença de secretários municipais e representantes de diversos setores da Cultura na cidade, o prefeito destacou a importância da assinatura. “A usina é um ícone da cultura local e brasileira. É uma área estratégica, onde circulam milhares de pessoas e onde são realizados inúmeros eventos. Junto com a orla revitalizada e o cais novamente aberto para as pessoas, será o grande cartão postal de Porto Alegre”, avaliou o prefeito.

O projeto, realizado pela 3C Arquitetura e Urbanismo S.S. - EPP, tem um custo total de R$ 417 mil, com recursos da Corporação Andina de Fomento (CAF). A parceria com a instituição também foi destacada pelo prefeito, uma vez que foi resultado de um modelo pleno de gestão da prefeitura que permitiu a busca de recursos.
A revitalização foi apresentada pelo coordenador da Memória Cultural da Secretaria Municipal da Cultura (SMC), Luiz Antônio Custódio, que detalhou as fases de elaboração e início das obras no segundo semestre do próximo ano, com um custo de U$ 3 milhões, também com recursos da CAF. O projeto executivo prevê projetos complementares, incluindo: arquitetônico, elétrico, hidrossanitário, estrutural, telefonia e lógica, climatização, acessibilidade, prevenção de riscos, comunicação visual e museologia, com respectivos memoriais descritivos. As necessidades, conforme Custódio, foram levantadas em conjunto com as coordenações que compõem a SMC e tiveram como referência outra usina termelétrica transformada em centro cultural, a Tate Modern de Londres.
Estão previstas obras em todos os espaços, além da reformas estruturais em infiltrações, iluminação e parte elétrica. Serão colocados equipamentos de guarda de volumes, totens informativos, novos sanitários, restaurantes e lojas, e um novo Centro de Informações Turísticas. Além de um programa de voluntariado para visitantes, será levada para lá a pinacoteca pública da Aplub e concluído o Teatro Elis Regina, além de outros itens. O setor também indicou a necessidade de elaboração de um manual de conservação e manutenção, e a organização de espaço para ensaios da Banda Municipal. A previsão é de que o projeto esteja pronto em seis meses. Para o secretário da Cultura, Roque Jacoby, não apenas a cultura será beneficiada, mas, também, o turismo . “Considero este o dia mais importante da nossa gestão na cultura de Porto Alegre”, disse, ao destacar o trabalho da equipe da memória.

Participaram do evento os secretários de Turismo, Luiz Fernando Morais, de Gestão, Urbano Schmidt, e do Gabinete de Desenvolvimento e Assuntos Especiais (Gades), Edemar Tutikian, o diretor da usina, Renato Wieniewski, a diretora da Equipe do Patrimônio Histórico e Cultural (Epac), Débora Magalhães, a coordenadora do PAC Cidades Históricas, Briane Bica, e a diretora do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado (Iphae), Míriam Sartori, além de representantes das coordenações de Música, Livro, Artes, Cinema e Artes Plásticas da SMC.
História da Usina do Gasômetro
No dia 15 de novembro de 1928, foi inaugurada uma das primeiras edificações em concreto armado do Estado, projetada para gerar energia elétrica à base de carvão mineral para Porto Alegre. A usina forneceu energia elétrica à base de carvão mineral para Porto Alegre de 1928 a 1974, quando foi desativada. Sua importância histórica é inegável, sendo palco da industrialização, ainda incipiente, no Brasil. O projeto veio da Inglaterra, assim como todas as máquinas e materiais.
Sua edificação aconteceu na chamada Praia do Arsenal e, próximo a ela, na antiga rua Pantaleão Telles - atual Washington Luiz -, havia outra edificação desde 1874: a Usina de Gás, o Gasômetro. Popularmente, o perímetro entre as ruas Pantaleão e General Salustiano era chamado de "volta do Gasômetro", eis o porquê do prédio receber esta denominação.

A famosa chaminé foi construída em 1937, devido às reclamações dos moradores pela nuvem de fuligem provocada com a queima do carvão. A mobilização da sociedade impediu sua demolição, que visava à passagem de uma avenida pelo local. Em 1989, a prefeitura indicou o prédio como Espaço Cultural do Trabalho e, a partir de 1991, seus 18 mil metros quadrados de área total foram abertos à população.

No ano de 2007, a Usina passou por amplas reformas internas e externas, incluindo repintura de seu exterior e reparos infra-estruturais. Em novembro de 2008, a Usina do Gasômetro completou 80 anos e se caracteriza como um dos principais centros culturais da capital gaúcha.



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Texto de: Caren Mello
Edição de: Isabel Cristina Kolling Lermen
Autorizada a reprodução dos textos, desde que a fonte seja citada.