Imperatriz Dona Leopoldina canta as águas do rio São Francisco

Foto: Evandro Oliveira/PMPA
Enredo deste ano foi "Opara - O Velho Chico, Crenças, Mitos e Lendas"

Foto: Evandro Oliveira/PMPA
Escola trouxe 1,9 mil integrantes, divididos em 18 alas e quatro carros

A Imperatriz Dona Leopoldina pisou na passarela do samba às 3h, encerrando às 4h10, com o tema “Opara – O Velho Chico, Crenças, Mitos e Lendas”, cantando sobre as histórias que margeiam o rio São Francisco. A escola apresentou 1,9 mil integrantes, divididos em 18 alas e quatro carros alegóricos. Esses, reutilizados e repaginados da Salgueiro, agremiação do Rio de Janeiro. “Tivemos uma interessante troca de experiência. As alegorias e adereços são importantes, mas é a garra da escola e seus integrantes que foi o principal em nosso desfile”, afirmou o presidente Maurício Nunes dos Santos. (fotos)

Um dos integrantes que fazem a história da Imperatriz é Luiz Nascimento, conhecido por todos como Cachorrão, o mestre de bateria. “Estou na escola desde os nove anos. Hoje, coordeno uma bateria onde todo mundo se conhece. Ensaiamos desde abril do ano passado e o resultado todo mundo viu na avenida”, disse.

História da Escola – As cores da escola são laranja, preto e branco. O símbolo é a coroa da imperatriz. A escola Imperatriz Dona Leopoldina foi fundada em 5 de janeiro de 1981. Seu nome é uma homenagem a Imperatriz Leopoldinense, do Rio de Janeiro. Sua sede fica no bairro Rubem Berta. Seu único título conquistado no Grupo Especial é de 2010.

O carnavalesco da Imperatriz é o Kiko, Alexsander da Silva. O intérprete é Cezar Augusto Senna, o Cesinha, e o mestre-sala e porta-bandeira são o casal Ulisses e Daiane.

Samba-Enredo – “Opara – O Velho Chico, Crenças, Mitos e Lendas”

Eu tenho orgulho de erguer minha bandeira
Imperatriz pra sempre vou te amar
No velho opará...
Deixa a laranja te levar

A lua companheira a iluminar
A história de um amor tão verdadeiro
Lágrimas no rosto sem parar...
Da mais bela índia nasceu o rio mar
E veio o colonizador... bandeirante sonhador
O ouro era pura ilusão, vaqueiro de chapéu na mão
Chicote gibão..
Lendas e mistérios desse chão
Ora yeyeo mamãe Oxum
Eu trago flores e perfumes para ofertar
Mãe d'água eh mamãe Oxum
Tem caipora, minhocão e boitatá
Sob o sol que assolava a quente região
O cangaceiro era Lampião,
O mais temido do Sertão (lalaia)
Hoje é dia de festa, peguei o meu barco e fui navegar
Trago na proa a carranca, assombração não vai me assustar
Fonte viva de tanta riqueza... relicário de rara beleza
O ¨Velho Chico¨ é divinal
A poesia do meu carnaval

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/carnaval

Texto de: Lucas Barroso
Edição de: Manuel Petrik
Autorizada a reprodução dos textos, desde que a fonte seja citada.