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14 de dezembro de 2012

Estudo de viabilidade indica melhor opção para Bonde Histórico

Foto: Vanessa Silva/PMPA
Escolha para a linha turística foi pela restauração de dois bondes originais
Escolha para a linha turística foi pela restauração de dois bondes originais
Apresentado em audiência pública nesta sexta-feira, 14, na Câmara de Vereadores, pela Secretaria Municipal de Turismo (SMTUR), o estudo de viabilidade para implantação do Bonde Histórico em Porto Alegre indicou, entre as opções avaliadas, um percurso de 3,8 quilômetros para a linha turística, com paradas ao longo do percurso e seis viagens diárias por veículo, de terças a domingos. O trajeto tem saída do antigo Abrigo de Bondes, ao lado do Largo Glênio Peres, seguindo pela rua Sete de Setembro com retorno ao ponto de partida pela avenida Duque de Caxias e rua Vigário José Inácio.
Entre as três opções de veículos para a operação, a escolha foi pela restauração de dois bondes originais, de propriedade da prefeitura, com modernização do sistema de alimentação dos veículos utilizando motores a bateria, de baixo consumo de energia e menor custo que o sistema tradicional, que utiliza cabo aéreo. Os dois bondes para a operação do roteiro são o 123, que está na Carris, e o 113, abrigado no Museu João José Felizardo.
Trajeto - Realizado pelo consórcio formado pelas empresas Quanta Consultoria Ltda e a Água & Solo Estudos e Projetos, vencedor da licitação feita pela SMTUR no valor de R$ 308.693,00, o estudo de viabilidade técnica e socioeconômica analisou dois trajetos para a linha do bonde. Um deles foi o apresentado no próprio edital de licitação como proposta preliminar, que tinha como eixos principais as ruas Sete de Setembro e Andradas, num total de 3,2 quilômetros. O percurso que tem como eixos a rua Sete de Setembro e a avenida Duque de Caxias, escolhido como o mais indicado, não só contempla os atrativos do primeiro como amplia o número de locais de interesse turístico, além de produzir menor intervenção da recém-revitalizada Praça da Alfândega. De 20 atrativos do Centro Histórico, o roteiro que inclui a região da Praça da Matriz contempla 19, enquanto o outro roteiro passaria por 12 deles. O roteiro também resgata um aspecto da cidade antiga, que é a divisão da parte alta e baixa de seu núcleo original.
O trajeto apontado pelo estudo foi indicado como preferido por turistas e moradores da Capital em pesquisa realizada pelo consócio responsável pelo estudo. Realizada entre 28 de outubro e 2 de dezembro por meio de entrevistas no Centro Histórico, Brique da Redenção, Parcão, passageiros do Linha Turismo e frequentadores da Feira do Livro, a pesquisa constatou que o trajeto que inclui a Duque de Caxias com seus atrativos culturais, históricos, arquitetônicos e turísticos foi o preferido por 73% dos entrevistados. A opção pelos bondes originais modernizados teve aprovação de mais de 96% das pessoas ouvidas na pesquisa. O roteiro e a escolha dos veículos foram também aprovados por todas as áreas técnicas da prefeitura que acompanham o projeto do Bonde Histórico. Previamente consultados, IPHAN, IPHAE e Projeto Monumenta também indicaram o projeto.
Modais - O estudo de viabilidade, iniciado em julho deste ano, ainda avaliou o impacto ambiental do projeto, as possíveis alterações de trânsito bem como a integração da linha do Bonde Histórico com as demais iniciativas de revitalização do Centro Histórico e com os outros modais turísticos existentes, como o city tour Linha Turismo, que tem pontos de parada no Centro Histórico, e os passeios de barco no Guaíba que parte do Cais Mauá e Cais da Usina do Gasômetro.
O consórcio buscou referências em cidades como Santos (SP), Belém (PA), Rio de Janeiro (RJ) e Lisboa (Portugal), que contam com linhas de bonde de uso exclusivamente turístico ou combinado como transporte urbano. Para Porto Alegre, a proposta é de transporte unicamente turístico para o Bonde Histórico. A tarifa sugerida pelo estudo de viabilidade para os passeios de bonde é de R$ 20 para uma ocupação de 33% dos 32 assentos mais os espaços reservados para cadeirantes e pessoas obesas.
O grupo de trabalho que acompanhou o projeto é integrado pelas secretarias municipais de Planejamento, Obras e Viação, Cultura, Acessibilidade e Inclusão Social, Meio Ambiente, Fazenda, Turismo, do Gabinete de Planejamento Estratégico, da Procuradoria Geral do Município, da EPTC, Dmae, DEP e Carris.
De acordo com o secretário municipal de Turismo, Luiz Fernando Moraes, o próximo passo será o lançamento de edital de licitação para a contratação do projeto executivo que dará base técnica para a implantação do Bonde Histórico, definindo também seu custo final estimado em R$ 25 milhões pelo estudo de viabilidade. Para este estudo e o projeto executivo os recursos são do convênio firmado com o Ministério do Turismo, por meio do Prodetur, no valor de R$ 1,2 milhão.



/turismo
Texto de: Eliana Zarpelon
Edição de: Gilmar Martins
Autorizada a reprodução dos textos, desde que a fonte seja citada.